AME OU SE MANDE: nova edição do mais recente disco de
JUSSARA SILVEIRA leva o selo de qualidade DUBAS MÚSICA.
Após uma primeira pequena tiragem, rapidamente esgotada, chega nova prensagem do sexto disco-solo da cantora.
A formação musical original - VOZ, PIANO E PERCUSSÃO - é característica marcante do CD e inspira o repertório: o percussionista Marcelo Costa e o pianista Sacha Amback acompanham Jussara numa especialíssima seleção de onze faixas.
JUSSARA SILVEIRA quis pensar tudo novo para o disco AME OU SE MANDE, que teve um lançamento com pequena tiragem pelo selo Joia Moderna no final de 2011 e logo se esgotou. Agora esse CD primorosamente produzido por seus três intérpretes chega definitivamente às lojas e distribuidoras de todo o Brasil, desta vez com o aval de qualidade do selo Dubas Música, com coordenação de Ronaldo Bastos e Leo Pereda.
No novo disco, o sexto de sua trajetória, a cantora mineira mais baiana de que se tem notícia (nasceu em Nanuque, MG, indo morar criança em Salvador)
pensou sobretudo numa nova formação musical: voz, percussão e piano. Diálogo bastante inusitado para quem, desde o início da carreira, em 1989, sempre foi acompanhada por cordas de violão. Contribuiu para essa novidade a feliz circunstância de Jussara ter encontrado enormes afinidades em dois instrumentistas que se tornaram verdadeiros parceiros e definiram o som desta sua nova fase: Sasha Amback (piano) e Marcelo Costa (percussão). Os dois músicos também se encarregaram, com Jussara, da produção musical do novo disco.
ESCOLHAS REFINADAS
O repertório do show também chegou por meio de um conceito diferente, desenvolvido pela cantora ao lado do letrista e poeta Ariston: o projeto PESSOA,
que se questiona sobre a definição de “indivíduo” nos tempos atuais. O indivíduo hoje, a pessoa, seria caracterizada sobretudo pelo que consegue consumir? Tem de pertencer
obrigatoriamente a alguma “tribo”? Deve afirmar presença pela contínua assimilação das novidades da era virtual?
A dupla responde de maneira concisa: “É preciso apenas saber onde e quando foi feita uma escolha verdadeira: lá está a pessoa”.
Assim, o disco AME OU SE MANDE abre com a composição A VOZ DO CORAÇÃO, de Celso Fonseca e Ronaldo Bastos: “Quem poderá em vão calar/ a voz do coração?”.
Por isso estão presentes interpretações eleitas pelo público da cantora, repetidamente solicitadas e lembradas desde seu memorável show no Teatro do Museu de Arte de
São Paulo, em 1990, e que ela jamais havia gravado, como a balada-rock Marcianita. Por isso, também, ela ouviu uma indicação do percussionista Marcelo Costa e incluiu a canção
BOM de André Carvalho e Qinho. E por isso, ainda, Jussara contemplou uma composição inédita de José Miguel Wisnik, seu parceiro frequente em shows por todo o Brasil. Wisnik musicou para a intérprete um poema antológico de FERNANDO PESSOA: Tenho Dó das Estrelas.
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Produzido por Marcelo Costa e Sacha Amback
Jussara Silveira é uma joia moderna e brasileira. Me desculpe a obviedade com que começo este texto, mas nada me vem à cabeça que me pareça mais justo ao classificar essa cantora baiana que chegou ao mercado durante os anos noventa e nunca deixou de surpreender os seus ouvintes fiéis.
Sempre dona de um repertório inesperado e inteligente, além de um sexto sentido para revelar novos compositores, Jussara volta agora com esse álbum que sintetiza toda a sua história musical.
Aqui estão os letristas e músicos que ela escolheu para estar por perto desde sempre. Um Contato Imediato de Arnaldo Antunes, uma versão sapeca de Marcianita, uma soberana Madre Deus de Caetano e uma louca Babylon de Zeca Baleiro, igualmente misturadas, em riqueza musical.
Jussara ilumina com perfeição essas canções que estariam fadadas ao descuidado esquecimento não fosse o seu talento nato para pescar pérolas no lago da cancão popular brasileira.
Marcelo Costa e Sacha Amback, dois grandes músicos, envolvem o canto de Jussara com belos arranjos que misturam, na dose exata, modernidade e tradição.
Nascido de um show aclamado e adotado como essencial por seus admiradores, esse repertório não deixa dúvidas: Jussara Silveira é uma joia moderna e brasileira. Assim comecei este texto, encerro com a certeza definitiva do que digo. Então aperte o play e boa viagem.
DJ Zé Pedro
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POESIA PRA TOCAR NO RÁDIO
Jussara Silveira por Patricia Palumbo
Jogando uma boa conversa fora com a poeta e letrista Alice Ruiz chegamos à conclusão de que nossa amiga mais poeta sem ser é Jussara Silveira. Ela é capaz de sacar um livro da estante no meio de uma entrevista e ilustrar nosso trabalho com uma leitura de Catulo.
É assim que recebo seu novo disco, como um poema. Ou uma sucessão deles. Jussara sempre pautou seu trabalho na verdade da vida, naquilo que importa pra ela e que no fim é o que vale pra nós todos. Seus discos são reflexo de suas escolhas. Todas muito pensadas num tempo muito particular.
Pra fazer “Ame ou se Mande” ela escolheu Sacha Amback e Marcelo Costa. Sozinhos já são músicos excepcionais, juntos fazem do som uma nova invenção.
Jussara pensou num trio e no resultado do encontro da sua voz com essas inteligências musicais. Da intenção ao fato veio esse som cheio de texturas, essa conversa entre os três músicos no palco: Jussara, Sacha, Marcelo. E a gente sabe que a boa música é como a boa conversa. Foi muito esperto levar o show para o estúdio, ficou impresso o diálogo.
Jussara gosta de falar do amor e da saudade. Tem feito isso lindamente com essa voz limpa, clara, afinada e elegante. Desta vez, sem violão! E aqui parece que quer nos levar pra uma cidade imaginária num mundo melhor, um Cabo Verde baiano com a capital cercada de mar. As canções tem sequência proposital num encadeamento poético musical pautado também por pessoas que fazem parte de sua história.
Ouça Contato Imediato na íntegra
· FAIXA A FAIXA ·
por: Patricia Palumbo
1. A Voz do Coração (Celso Fonseca/Ronaldo Bastos)
Depois de quatro anos sem gravar ela vem pra falar da pessoa inserida nesse mundo do consumo, do imediatismo jogando poesia no nosso cotidiano vão. Abrir o disco com essa música é já dar o recado. Ronaldo Bastos lançou seu primeiro cd e ainda o antológico Canções de Caymmi. Começa aqui o cd e a sucessão de pessoas que importam.
2. Ifá (Cezar Mendes/Capinan)
Uma reza, um canto de oração e de amor. Um jogo de búzios nas teclas de Sacha Amback. Irao bonfim é um habito, uma tradição da baiana que reza aos deuses da música e do candomblé. Ouviu essa canção de Cezar Mendes – com quem canta e toca desde muito cedo – num barzinho em Salvador. Uma parceria com Capinam.
3. Madredeus (Caetano Veloso)
A cena é num trapiche do recôncavo baiano. Deitada olhando o céu percebe a imensidão com os versos de Drummond e o compasso ímpar da música em 5. Conversa de músico.Caetano Veloso é paixão e referência.
4. Contato Imediato (Arnaldo Antunes/Marisa Monte/Carlinhos Brown)
Os Tribalistas aparecem pra destacar o encadeamento poético do cd. Diante da imensidão o que se quer é um contato imediato. Arnaldo, Marisa e Carlinhos com sua poesia pop romântica num arranjo que lembra a musica de um carrossel que flutua e viaja pedindo por um mundo melhor.
5. Marcianita (José Imperatore Marcone/Galvarino Villota Alderete - Versão: Fernando César)
A esperada! Clássico do seu repertório de shows, Marcianita , a astronauta tropicalista está com Jussara desde o primeiro show. Todo mundo pedia e finalmente ela gravou. Mais uma vez Caetano – influencia primeira.
6. Bom (André Carvalho/Qinho)
E de Caetano pra João Gilberto é só uma nota. Um samba de roda com cara de Bim Bom. Essa musica pra Jussara é a própria leveza, Marcelo Costa que trouxe. Parceria do filho de Dadi, Andre Carvalho com Qinho, jovens compositores da cena carioca.
7. O Dia que Passou (Toni Costa/Luiz Ariston)
Outra vez o sol… Lembra a canção dos Beatles, mas não é, é a musicado engano. Quando você presta atenção na letra toma um susto com aquela tristeza – a vontade de Jussara é que a pessoa se reconheça na canção
8. Tenho Dó das Estrelas (Zé Miguel Wisnik sobre poema de Fernando Pessoa)
Estrelas luzindo há tanto tempo, tenho dó delas... Jussara canta e depois diz: Fernando Pessoa me dá tontura. Desde criança ela canta a separação, faz parte do seu DNA esse lirismo dolente, esse fado tropical. No arranjo primoroso a poesia de Portugal ganha uma morna do Cabo Verde. Aqui fica explícito, um poema em forma de canção.
9. Doce Esperança (Roberto Mendes/J. Velloso)
Uma outra oração, amor cheirando a jasmim. Jussara sempre cantou Doce esperança e faz a ponte com Marcianita, uma filha de oxum espacial.
10. Babylon (Zeca Baleiro)
Resgata a música que tem letra deliciosa esquecida nas paradas de sucesso. Uma brincadeira com o amor e o mundo do consumo – o que Zeca Baleiro faz muito bem muito como cronista espirituoso. Sai do lugar da queixa e foi o que mais agradou a cantora.
11. Dê um Rolê (Moras Moreira/Luiz Galvão)
Amor da cabeça aos pés! Mais Jussara impossível. Uma canção sugerida por mim, me lembrou Jussara, há mais de 5 anos. Sempre achei perfeita pra ela cantar. Taí, e é dado o recado. Como ela mesma diria, fica assim entre nós essa promessa de felicidade. Aproveite em alto bom som!
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